Folhas Soltas

domingo, julho 23, 2006

Memórias Loucas (?)

Na passada sexta-feira fui arrebatada por uma súbita vontade de me sentar frente à minha escrivaninha. Até aqui vocês não entendem nada. Passo a explicar: quando me sento frente à MINHA escrivaninha é porque vou escrever, desenhar ou inventar...

Abri o tampo e vasculhei. As coisas que eu guardo!...

Sempre tive a paranóia de guardar as caixinhas dos rolos fotográficos e usá-las para guardar outras coisas.
Entre moedas que já saíram de circulação há mas de 20 anos, pedrinhas de cor azul, bolinhas de plástico, berlindes, etc., havia uma caixinha que continha uma apara de lápis. Essa apara foi-me dada por um amigo que, há uns 4 anos, disse em tom de brincadeira:

Toma. Guarda com a tua vida!

E a verdade é que, até hoje, não me desfiz dela.
Encontrei todos os meus cartões de estudante desde o 5.ºano de escolaridade. Agendas, folhas soltas, recadinhos, pequenos paus de árvores…enfim!
Mas se acham que isto é de loucos, esperem até ver o que tenho nas gavetas da memória. Especialmente aquela que tem o rótulo “recordações”.

Ah! As coisas que eu consigo guardar!...

9 Sussurros Vossos:

  • Ouve lá e as coisas que guardas no telemóvel!...ai as coisas loucas que guardas!
    GR

    By Anonymous Anónimo, at 24/7/06 00:07  

  • GR,
    Schhhhh...é segredo! ;-)

    Beijão

    By Blogger Sofia Freitas, at 24/7/06 00:10  

  • I had a friend...
    Era o Carlos, meu colega de trabalho, gay, sincero e divertido, seropositivo.
    Há 13 anos era muito mais importante para os outros o facto de se ser gay e seropositivo do que sincero e divertido, bem entendido. Quanto a hoje, nem me atrevo a adiantar linhas de texto.
    O melhor do nosso dia de trabalho era o fim dele (lol): descíamos juntos a Morais Soares, troçando de tretas e traçando ideais, até chegarmos ao café dos croissants com creme de ovo para novas risadas [e calorias:-)]
    Um dia, já nem sei porquê (coisas de amigos, que não precisam de um porquê), veio à baila o tema das colecções, nomeadamente de figuras de animais, a exemplo daqueles conjuntos de elefantes de loiça, em escadinha, que havia em quase todas as casas em tempos, sabes?...
    E um de nós atreveu-se com a teoria tonta de que faria sentido coleccionarmos o animal que nos complementasse, e não aquele que mais se parecesse connosco.
    Por uns minutos, o Carlos dedicou-se a magicar qual o animal cuja forma de ser se poderia opor à minha; e, sorridente, dispara: só pode ser a tartaruga!
    No último dia em que nos vimos, ofereceu-me, por graça, uma tartaruga de pano que comprara numa "Loja dos 300" (era assim, n'é?) daquela rua.
    Entretanto largou o emprego (e depois eu), mudou de casa, telemóveis não tínhamos, o tempo passou e o destino afastou-nos. Não mais o vi.
    Acabei impelida a comprar uma companhia para a sua tartaruga, e atrás dessa veio outra, e outra, e a colecção continua até hoje. Entre bichinhos de pedra, vidro, madeira, metal, plástico e concha, de vários tamanhos e em diferentes poses, tenho já 60 (conta certa, acabei de as contar:-)
    E terei mais.
    ... E em cada uma o Carlos continua vido.
    É uma forma de recordar! ;-)

    By Blogger APC, at 8/8/06 02:19  

  • APC,
    :-) - a expressão que esbocei ao ler o teu comment. Adorei a estória!
    É tão bom recordar! Não em demasia, mas é bom...

    Porquê tartaruga?

    Um beijo assim gaaande! :-D

    By Blogger Sofia Freitas, at 8/8/06 18:30  

  • Bom, antes de mais, era "vivo", e não "vido" o que eu queria ter escrito no final do meu comment.
    Ora benhe... Era a tartaruga "prá mó di pudê apaziguar minha enerrrrgia" (porque sou assim a modos que acelaradita, tá sabendo?;-)
    Beijo "mais gande"! :-)

    By Blogger APC, at 8/8/06 18:51  

  • APC,
    Tô sabendo!
    Eu também tenho uma colecção...de pedras. É verdade. A todo e qualquer lugar que vá pela primeira vez e que goste trago uma pedra. Sera uma maneira de me sentir ligada a ele? Quiça!

    Beijo gande, gande. Assim mais maior gande!!! :-D

    By Blogger Sofia Freitas, at 8/8/06 21:42  

  • Talvez que uma pedra seja o que de mais corpório e duradouro possas trazer de qualquer local, matéria-metáfora das emoções que queres que persistam... Porque não?
    Se certezas não há de nada, que nos nossos blogs caibam as teorias que acharmos bonitas! :-)))

    PS - Fizeste-me lembrar esta: quando eu, criancita, disputava quantidades com o meu pai, "ganhava-lhe" sempre com o meu "mais de muitos infinitos", eheheh.

    By Blogger APC, at 9/8/06 05:32  

  • APC,
    :-))
    Talvez seja essa a explicação.
    ;-*

    By Blogger Sofia Freitas, at 9/8/06 10:18  

  • Curiosidade: em http://1668mm.blogspot.com/, post M041 pergunta-se o que cada um colecciona.

    By Blogger APC, at 18/8/06 16:49  

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