Folhas Soltas

domingo, novembro 10, 2019

Regresso

Cof, cof, cof! Folheei as páginas por aqui escritas. Um misto de pó, cheiros de um passado e um perfume de uma essência perdida invadiram me os sentidos. Estas folhas estão tão perdidas no mundo cibernético como a memória das mesmas desvaneceu no miolo que reside no meu crânio... 

Questiono-me como aqui cheguei. A resposta não é imediata. E talvez nunca a tenha. Mas não importa: importa, sim, o que me faz sentir. 
O que aqui vejo são pedaços de mim, pedaços de um ser que sempre foi intrincado ao ponto de nem eu me perceber. Não obstante, são pedaços de mim! As sinapses acendem-se como se fossem uma grinalda de luzes. Ah!, tão apropriado para a quadra...
Quando é que este fel mordaz tomou conta da minha língua? Tenho dificuldade em me lembrar se ele se instalou antes ou depois do nevoeiro gelado que envolveu o músculo central. Mais que isso, o verdadeiro desafio é o "porquê" de eu o ter permitido.
Mais perguntas e poucas respostas. E está será sim a maior dificuldade: A eterna indagação, numa jornada incurável, procurado por respostas.
Não sou mais o eu que um dia fui. E, contrário ao que muitas vezes se possa querer, quero sê-lo. Quero encontrá-lo. Sei que ele foi o mais verdadeiro de mim.
Hoje talvez seja o ponto de partida para esta viagem de reencontro. 
Saberei contemplar mais, rir mais, sorrir mais com a alma, juntar os pequenos, mas bons, nadas. Sim, quero uma vida repleta de mim novamente.
Da sempre tua,
Sofia.

terça-feira, outubro 12, 2010

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Fechei-me nesta concha há tanto tempo que me esqueci como se abre.

Escrito numa das inúmeras folhas soltas.

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"Um blog abandonado é um lugar triste"

25-04-2006

Parece que tinhas razão...

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Deambulações



A chuva penetra pela janela fechada, enquanto eu sentada, permaneço quase imóvel sem saber se me devo deixar invadir pelo tornado que espreita das ruas ou se continuo na apatia da indiferença desta impossibilidade de discernir o que são aquelas coisas delicadas que caem dos meus céus, dos sete mil que povoam a minha cabeça. A sua delicada leveza deixa-me perscrutar frágeis folhas caindo duma árvore muito longínqua. Mas não…são turvos, ou será da minha visão? Serão flocos de neve? Sinto-me gelada…sim, serão! Fecho os olhos e sou evadida… está deserto e frio, o chão é um manto de folhagem húmida e gélida. Por entre os tons acastanhados do meu longo caminho fito um piano de cauda. É preto. Deixa por instantes a sua harmoniosa melodia e encarrila numa linha de notas que não se entendem. Depressa volta ao eixo da singela melodia. É melancólica…e escura. É bucólica. Mas traz réstia de esperança. Tenho de ir, ainda sem perceber se devo abanar esta existência ou continuar até ser abalroada e, nesse momento, levada a ver o que renego, a ouvir o que resisto a confrontar-me com a realidade que não quero. Que quero eu afinal? Que quer este ser um tanto narcísico? Será isto o amor? Sofrer sem saber por quê? Tenho-te ao meu lado… porque me sinto então assim? Não sei, nem sei se desejo saber. Nem sei se nada sei ou se simplesmente não o sei porque não o quero saber. Sabes? Fica sempre tanto por dizer. Mas não o sei enunciar. O fio por onde se desenrola o meu pensamento é demasiado intrincado como uma faca de serrilha. Corta!

quarta-feira, maio 21, 2008

Causas Superiores

Por uma causa superior eu subscrevi: Gas'África




Subscrevam, não dói!

quarta-feira, março 26, 2008

Porque te amo...

...e quero partilhá-lo com o mundo:

"Bem…na verdade o que eu escrevi há pouco é que estive a ver as tuas fotos, o teu rosto, o teu brilho, a tua magia estranha e bela… deixei-me levar contigo para o teu mundo secreto… é bom amar-te. Ah! Há pouco pedia-te desculpa por não te dizer vezes suficientes que te amo, por não te dar mais flores, não ligar sempre que penso em ti, não te sorrir com carinho mais vezes, não fazer amor mais vezes… eu amo-te! Entretanto a Sarita despertou-me deste sono profundo e cantou baixinho que não há outro que conheça tudo o que acontece em mim - como é que ela sabe?! Entretanto a Teresa disse-me que és um raio de luz na minha vida, a Sara aconselhou-me a beber dessa luz que apaga a noite em mim e tu? Tu sorriste com esse olhar de princesa roubada por ela mesma só para ser malandra e fugir para casa da árvore. Eu luto contra os arbustos, subo as escadas de ramos frágeis e escapo ao terrível passarinho que descansa no ninho, mas tu achas que é a águia guardiã do teu mundo, só para espreitar o teu jeitinho de mexer nas coisas, de sorrir, de olhar, de sonhar… só para murmurar: Quero estar a teu lado nem que seja só este instante, quero partilhar muitos momentos e fazer-te feliz na maior parte deles! Se todos esses momentos somados forem a minha vida, eu sou a pessoa mais sortuda do mundo! Desfrutei de algo que alguns nunca encontram – Um amor verdadeiro.

26.03.08 "


És o meu Sol!