Folhas Soltas

A vida é injusta...
Luto contra o tempo,
Luto contra o vento...
De nada me vale.

Ele acabará por te levar
Deixar-me-á impotente
Numa dor infinita e amarga...
Jamais estarás presente!

Tenho a revolta em mim,
Um sentimento desesperante,
Uma dor que me corrói
Sem piedade nem fim.

Sinto-te a esvair pelos dedos.
E no entanto nada consigo fazer.
Sou cobarde, sou um nada
Apenas fico confortavelmente acomodada
E espero que p’ra sempre te possa aqui reter.

Foges-me tão subtilmente
Que não consigo (ou quero) perceber.
Prefiro pensar que és eterna
E que jamais deixarei de te ver.

Não partas, por favor!
Não deixes que te matem.
Não leves este amor,
Não deixes que assim te tratem.

"Chama por mim sem medo,
Chama-me sem demora
Que eu chegarei bem cedo
Para mandar embora
Tudo o que é amargura.
E eu chego logo aí...
Mando a tristeza embora
E tu serás feliz!"

Não me escondas a tua tristeza!
Deixa-me confortar-te com carinho.
Deixa-me olhar a tua beleza,
Enquanto percorro o caminho
Da tua inevitável ausência.

A ausência que chega
Indolora e incolor,
Para que eu não a veja...

Chega como um gás letal
Que vem e que mata!
Que leva vidas,
Que propaga o mal.

Posso passar mais um Natal contigo?!
Não me abandones agora.
Preciso muito do teu olhar amigo
E do teu regaço que me fez senhora.

És a grande razão do meu viver;
O Ser que me deu amor
Desde que me viu nascer!

Quero que saibas que te amo
Desde o dia em que nasci.

Não quero que partas,
Não quero separar-me de ti.

O amor que por ti sinto
Não me deixa conceber
Que um dia tudo acabará
E que tu possas desaparecer.

Peço-te que reconsideres
E penses naqueles que realmente te querem bem...
Fica cá, luta p’ra ficar!!!
Não deixes que a vida te venham tirar.

Estarás p’ra sempre presente
No meu coração!!!

Olhos castanhos que formam conjunto com o cabelo curto, e a cara pálida.
Magra entre os gordos e gorda entre os magros, possuidora de uma altura nada estupeficante e contraditória em relação ao seu nariz.
Sisuda de rajada, triste de seguida; após breve conversa, extrovertida.
Idealista, de ideias que transporta num saco roto, que ao longo do tempo se foram perdendo; sonhadora de sonhos que se foram desfazendo.
Presa na teia da Vida predadora, dependente da razão esperando milagres...
Luz para uns, Trevas para outros, medidas que se encaixam naquela que vive entre os vivos como morta, já que "mesmo que a cabeça não pense, o coração bate"...
Em suma, teremos trivialmente Sofia, entre todas estas curiosidades.

Sofia Freitas (2002/2003)



Outrora, este texto fora por mim apresentado numa das aulas de Português, com a Prof. Arminda Freitas. O tema da dissertação era o Auto-Retrato.

Deixo-vos um desafio: Façam o vosso ou... reformulem o meu!

Porque é que, a tua voz 'bate' na minha cabeça a toda a hora como um sino a badalar???
Porque é que, tenho sempre que fazer asneira para depois bater com a cabeça na parede???
Porque é que, mesmo entendendo e compreendendo o que me dizes faço o contrário???
Porque é que, por mais planos que façamos, a vida dá uma volta de modo a inverter tudo num ângulo de 180º graus???
Porque é que, por mais certezas que tenhamos ficamos sempre na dúvida???

Céus, como gostaria que a vida fosse um desenho!
Onde: poderíamos fazer esboços, para dar origem a um desenho bem estudado; apagar e riscar de novo...

Mas, se há lição que me ficou foi a da aula de Educação Visual na qual a prof. C.R. disse:

"Num bom desenho, nunca se apaga! O factor 'delete' é algo a esquecer..."

Portanto meus amigos, a vida é mesmo assim! O factor 'delete' não existe. E só com a experiência é que podemos dar origem a um bom desenho...
É nestas alturas que me sinto feliz por os meus amigos me terem oferecido um bom estojo de carvão! :-)

Detesto quando os pais têm razão!.. Umpffff

Noutro dia, presenciei uma pontinha de ciúme em alguém que eu gosto e admiro muito...
E sabem que mais?! Adorei!!! :)
É tão bom sentir que somos queridos e que, as nossas opiniões, gestos, gostos e opções contam para as pessoas de quem gostamos...
Afinal (tenho usado muito esta palavra ultimamente), o ciúme é saudável! Desde que seja mantido na proporção certa!

Pois é... Este é um tema pelo qual, duas pessoas que residem cá em casa, mereciam ganhar o respectivo prémio Nobel. Vulgo, eu e o meu irmão! :-)

A minha querida mãe compra um montão de bolachas cá pra casa, das quais a meio da semana existem...os pacotes!
Ela insiste em fazer a compra, para depois ameaçar com um:

"Não compro mais bolachas cá p'ra casa! Não duram nem um dia..."

Ora, dito isto, eu e o jovem artimanhas do meu irmão, lutamos desenfreadamente para que isto não aconteça, fazendo uso da nossa criatividade e imaginação. :-p
Ele é descobrir o sítio mais estranho e escondido do pacote para o abrir; é abrir o pacote e colocar a abertura ao contrário, para não se notar que está aberto; é não tirar a película protectora das mini-oreo, mas sim, abrir um espaço ínfimo por onde passe uma bolachita... Enfim!
Mas nestas coisas da criatividade e da bizarria, eu sou obrigada a reconhecer o mérito do meu irmão!
Não é que o puto, chega a ter a distinta lata de abrir o pacote (como só a gente sabe), digerir o seu conteúdo, por inteiro, e no final colocar o pacote de volta na mercearia, como se nada fosse!?
Escusado será dizer que, a minha mãe vira leoa quando descobre...
Mas até lá, nós vamo-nos divertindo!!! :-D
E esta hein?!

[Amena Cavaqueira]

...

Mas, eis que é chegada a hora...:

- Sofia, tenho que ir descansar
- Ok, vai lá então... Descansa muito. Bons sonhos
- Tu também!
- Beijo
- Beijo Grande
- Fui

...

E é, mais ou menos assim que, todos os dias, termino a minha participação no windows messenger...
Lá chegará o dia (ou não) em que serei responsável [ :-) ] e direi:

-Bem, já é tarde... Vamos descansar?

Perdoa! "Desligar-me" de ti, é uma opção difícil de tomar... :)
Gosto de aproveitar todos os preciosos segundinhos na tua companhia!
Afinal, nunca se sabe o dia de amanhã!

A minha mãe uma vez disse-me:
"Quando tens um Amigo, dás-te demais a essa pessoa! Entregas-te de cabeça... Fazes tudo por ela. Tu não podes ser assim!"



Pois é mãe... Mas sou! Dou-me, entrego-me, faço aquilo que o meu coração dita.
Afinal, não é disso que vive a Amizade?!
Se no final recebo ou não, já não cabe a mim decidir. E esse não é o sentimento que me faz mover. Não é na esperança de receber, mas sim na alegria de dar que se encontra o cerne das minhas acções.
Um sorriso, um olhar, o saber que essa pessoa está presente na minha vida, são o bastante.
Não sou masoquista, não!
É óptimo receber em troca. Isso dá-me apenas mais forças para voltar a dar, e é bom, sim!
Mas não cobro, não quero cobrar... Cada ser humano deve ser portador de uma sensibilidade para saber retribuir, ou pelo menos penso que deveria...
É neste ciclo vicioso que me deixo embrenhar todos os dias da minha vida. Ele é o meu credo!
A dádiva pode ir desde um simples sorriso, até à loucura de percorrer 40km só para dizer um Olá...
Não importa a magnitude da acção, mas sim o sentimento que nela depositamos!

A todos os companheiros desta vida, de boas e más horas, quero aqui agradecer.
A todos estes amigos, o meu sincero OBRIGADA!

...Deixo que desvendes e espero que me traduzas! :)

Amo-te porque conquistar-te não é fácil.

Amo-te porque me és fiel.

Amo-te porque...

...Porque te Amo porra!!!

Onde estará a linha do horizonte??? É tão vasto o nosso alcance óptico, e, no entanto nada conseguimos ver!!!

Estaremos todos cegos? Ou simplesmente não queremos ver???
Talvez só vejamos aquilo que nos interessa individualmente... seremos materialistas (?); somos com certeza! Pior...somos egoístas e picuinhas. Somos invejosos...Queremos sempre mais, e, se possível, mais que o ‘vizinho’!...

Essa ambição desmedida provoca a cegueira, e a cegueira mata!!! Mata a alma do ser humano, que de humano já tem pouco.

Onde está então a humanidade tão falada? Não existe! É um mito! Um mito nascido da hipocrisia e onde a sociedade é estruturada. Quem disser que não existe hipocrisia, ele próprio, está a ser hipócrita.

Com tanta falta de humanidade no mundo (para ela criado), onde encontramos nós a salvação se nem com o próximo podemos contar?

A salvação está em nós; temos que abrir os olhos e começar por nós mesmos!
Só aí, quando percebermos isso, daremos início ao crescimento humanitário ou ao nascer da verdadeira humanidade.

Hoje, agora e sempre
Me acompanha este sentimento
De sorrir e fazer sorrir,
Num inútil esforço de esconder o que está por dentro.

Ninguém (re)conhece este ‘eu’ distorcido
Este sentimento quase perverso
Que trago escondido!

Talvez o cansaço se revele,
Talvez o coração fale mais alto...

O palhaço do quotidiano
Está hoje doente.
Não ri, não salta, não entretém
Não anima, não conforta ou outros como sempre...

Talvez o cansaço o revele,
Talvez o coração fale mais alto...

O palhaço hoje está triste
De semblante caído,
De cara ‘lavada’...
Não ri p’ra ninguém,
Traz a alma fechada!

Não quer as luzes da ribalta,
Não necessita de atenções.
Deixa-se vencer pela tristeza
Vivendo intensamente as emoções!

Hoje o palhaço falhou!
Deixou a euforia esmorecer,
Retirou-se de um palco inexistente
Sem que o público conseguisse perceber...

Os simples transeuntes da minha vida
Jamais hão-de perceber.
Apenas um amigo compreende...
...o Sentimento que me faz mover!