Folhas Soltas

segunda-feira, outubro 23, 2006

As voltas que a vida dá...

Andava eu a navegar neste mundo internáutico, já sem direcção, quando comecei a pesquisar coisas patéticas no google. Inseria uma palavra que me viesse à cabeça e lá ia vendo e analisando a catrefada de páginas que me eram apresentadas.
No meio desta brincadeira, imaginem só, fui dar com um texto meu que figura num livro do 1.º ciclo de ensino básico: Se eu fosse um Ribeirinho. Parece que consigo ver a folha que o Prof. Arlindo Miranda me havia dado para "desenhar uma letra redondinha".
Caramba! Que coincidência tão esquisita. Que quererá dizer? Hun?!



"SE EU FOSSE UM RIBEIRINHO...

Se eu fosse um ribeirinho, gostaria de correr por entre os campos floridos da minha aldeia.
Os meninos brincariam
nas minhas margens durante a estação do Verão.
As minhas águas cristalinas correriam de pedra em pedra cantando tchap! tchap!... Queria ser um ribeirinho asseado, sem poluição e com peixes cor de prata.
Gostaria de ter uma nascente forte para poder encontrar um rio que me levasse até ao mar..."


Sofia Manuela Dias de Freitas 8 anos

segunda-feira, outubro 16, 2006

Resposta em Carta Aberta

Cinco meses, dezoito horas e alguns minutos depois...
...Resolvi responder-te:

Não, não foi de rompão. Eu fui entrando aqui e ali, sem pressa, pelas portas, janelas, postigos e portinholas que deixavas abertas.
É verdade que não te pedi licença nem sondei sequer se o momento era o mais apropriado. P'ra mim estas entradas não têm dessas formalidades. ;-)

Quanto aos bilhetes: Ouvi dizer por aí que te gusta la tecnologia, no entanto, tens pavor que ela tome controlo da tua vida. Por isso, nada mais arcaico do que um bilhetinho para te deixar um olá e um beijinho.

Quanto às chamadas e aos sms's: Eu tento! Eu bem tento! Mas é mais forte do que eu. :-)

Quanto às esperas: Esperas, quais esperas?! "Esperar" por ti não tem tempo.

Quanto aos comentários no blog: São PEQUENOS NADAS.

Quanto às perseguições: Pondo as coisas noutros termos, eufemizando, sigo o teu trilho. É uma forma de estar contigo 10 minutos, 10 preciosos minutos, sem agendar.

Quanto ao descobrir a morada: Eu não descobri nada! Só fui averiguar onde se localizava. ;-D

Quanto ao aparecer em tua casa sem ser convidada: Confesso que não é uma atitude de bom-tom. Porém, minha querida amiga, não sou nenhuma Paula Bobone. Foi apenas uma tentativa de ver um sorriso teu.

Quanto ao entrar na tua vida: Obrigada!

Um beijo e um abraço daqueles fortes e calorosos.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Coisas da vida!

Pai: Sofia, vai devagar e com atenção porque o piso está molhado.
Eu: Eu sei Pai, a carrinha desliza muito. Eu senti isso ao vir para cá.

Avó: Filha, vai com cuidado que este tempo é cão!
Eu: Não se preocupe.

Tia: Bia, tem cuidado na estrada.
Eu: Sim...

Quina: Já váis p'ró Porto, Sofia? Faz boa viagem!
Eu: Obrigada! (mas por que raio fui agradecer?!)

Carro na estrada:
Bem, realmente isto não tá fácil, é melhor prevenir - médios ligados, baixa velocidade, atenção redobrada, nada de travões.

Após uns dois ou três sustos, que os diversos condutores habilidosos me proporcionaram durante a viagem, suspiro: Fogo, esta gente não mede as consequências. É cada manobra mais maluca! O que me vale é que vou atenta.

Mais à frente, numa recta, a subir, a 90 km/h, sem travar, sem acelerar e com uma visibilidade reduzida, sinto o carro a deslizar: PUM!!!
Apanhei óleo na estrada e embati no veículo imediatamente à minha direita. 4 voltas de 180.º em plena A4, umas quantas manobras arrojadas e eis que consigo imobilizar o meu veículo.
Lembro-me de ter pensado:

Vou bater neste rail de frente e f****-me toda.

Ah, afinal é no da direita...

Hum, não. Também não. Vou é capotar.

Não capotei?! Pronto, já sei - vou levar uma traseirada de outro carro.

É melhor meter 1.ª e arrumar-me para a berma.

Fantástico! Não bati em mais lado nenhum.


Mas que porra! Tanto cuidado e fui meter-me na boca do lobo.
Há que sair do carro em busca de feridos. Nada registado. Bolas, que susto!
Surgem mais dois acidentes no mesmo sítio e nas mesmas condições.
A cordialidade e companheirismo entre os condutores envolvidos no sinistro foram bonitos de ver! Mas o mais importante foi mesmo o facto de não haver feridos registados.
Ainda não percebi muito bem como tudo aconteceu, mas sei que tive uma sorte danada.